Preservação digital em museus: a net art entre nuvens computacionais e de esquecimento
Este paper discute a preservação digital em museus de arte contemporânea, analisando obras de net art criadas nos anos 1990. Aborda as transformações relacionadas às nuvens computacionais, que implicaram novos regimes de padronização, incompatíveis com o tipo de programação dos primeiros sites artísticos.
Nesse contexto, para além da obsolescência tecnológica, a conservação das obras de net art passou a lidar com a obsolescência ideológica. Na discussão, destaca-se o caso de O livro depois do livro (1999), de minha autoria, e sua incorporação ao acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP).
As dificuldades de acesso ao site, devido aos novos padrões de segurança da Internet, transformaram-se em uma discussão sobre procedimentos de conservação e inserção de obras de net art em um acervo museológico. Em detrimento de procedimentos de recuperação do sistema, optou-se pela sua atualização integral. O resultado é um novo original ou “original de segunda geração” a ser publicado na comemoração dos 20 anos da obra (2019).
Palavras-chave: preservação digital, net art, nuvens computacionais, obsolescência tecnológica, museus de arte contemporânea
(Paper apresentado em Besides The Screen Conference 2018: Vaults, Archives, Clouds and Platforms: Archiving and Preservation in the 21st Century. CIAC-ISMAI, Porto, PT, 5 – 6 July 2018.)
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