Gary Hill, 58, é um dos principais nomes da arte contemporânea. Sua obra é referência para a história da artemídia. Californiano, ele desenvolve projetos com vídeo desde os anos 1970.
Nesse quase meio século de produção, transitou por diversos formatos de vídeo e diferentes formas de apresentação da videoarte, alguns dos quais inacessíveis pelo desaparecimento de alguns dispositivos como a “TV de tubo”.
Recentemente, Hill disponibilizou boa parte de sua obra na internet. Promete disponibilizar mais coisas em breve. Apesar de apostar no potencial de acessibilidade que sites como Vimeo e YouTube promovem, acredita que a democratização da criação também pode implicar em nivelamento por baixo.
Em entrevista a Trópico, Hill comenta sua relação com as redes sociais de audiovisual como YouTube e Vimeo, o desaparecimento de determinadas tecnologias e seu impacto sobre a preservação de obras de artemídia e a popularização das câmeras de vídeo. Ele conta que está empolgado com as novas tecnologias e a difusão maciça de câmeras, mas diz: “Ao mesmo tempo morro de medo delas. Existem câmeras e videocâmeras por toda parte. Quando vou a algum lugar hoje em dia, raramente levo uma câmera. É um jeito de não ter alguma coisa entre o mundo e eu. Talvez seja uma forma de preservar um espaço para memórias e experiências que não estão presas ao plano da imagem –nem retocadas ou recortadas”, diz.
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