No dia 10 de outubro (2017), ministrei uma aula aberta para o Grupo de Pesquisa em Cidades Inteligentes do ITS-Rio (Instituto de Tecnologia e Sociedade.
Meu ponto de partida foi:
Expandidas pelas tecnologias digitais, as cidades são redes complexas que emaranham dados de distintas procedências, configurando-se como a principal interface do século 21. Essa presença dos dados no cotidiano começa a ser incorporada aos projetos arquitetônicos, ao mobiliário urbano e integra-se, especialmente, a funcionalidades voltadas à vigilância. A questão central é: como redimensionar a noção de espaço público, a partir da experiência de ambientes ricos em dados, sem transformar os habitantes em rastreáveis bancos de dados ambulantes? Isso implica migrar da ideia de uma cidadania digital para as práticas de uma cidadania em rede, pautada por ações colaborativas entre diversas partes.
Projetos como Bueiros conectados, Fogo no barraco, Dancing Traffic Lights, Dronestream e o aplicativo Mudamos são pontos de partida para essa discussão. Ao reinventar as formas de ocupar as ruas, pautam a reflexão sobre a densidade dos territórios informacionais. Apontam para uma revisão crítica da noção corporativa de Smart Cities, contrapondo a ela modelos de inteligência distribuída, fazendo eco à noção de “urbanismo de código aberto”.
A gravação da aula segue aqui: